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Laéssio Rodrigues de Oliveira se tornou conhecido no mundo da biblioteconomia por ter se tornado o maior ladrão de artes do Brasil.
Apaixonado pela Carmen Miranda, Laéssio se encantou pela cultura Vintage. Ao ser questionado se já havia ido ao Museu da Imagem e do Som onde havia revistas antigas com a Carmen Miranda como capa e partituras originais de época o balconista de padaria descobriu um novo mundo, percebendo que indo à museus e bibliotecas ele teria acesso à itens raros com valor comercial inestimável. Depois disso, Laéssio não parou mais. Pelo contrário, expandiu “seus interesses”. Não roubava apenas materiais relacionados a sua diva, mas livros que fazem parte da história brasileira e valem milhares de reais (e dólares) no mercado negro.
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…Eu já estava mal-intencionado que se “desse mole” eu ia levar a revista embora porque eu não achava pra comprar e eu queria uma revista com a Carmem Miranda na capa. Depois que eu furtei a primeira vez eu não parei mais, eu falei” Por que que eu vou gastar comprando se nas bibliotecas tem sobrando e está lá pra gente pegar e levar embora… Laéssio Rodrigues de Oliveira em trecho do documentário “Cartas Para um Ladrão de Livros” dos diretores Carlos Juliano Barros e Caio Cavechini.
Laéssio começou a ficar conhecido em 1998, quando furtou da Fundação Biblioteca Nacional de São Paulo 14 revistas e jornais antigos. Na época, o material foi avaliado em US$ 750.000.
Segundo a polícia, ao longo dos anos, ele furtou revistas, livros, pinturas na Biblioteca Mário de Andrade, Palácio do Itamaraty, Fundação Oswaldo Cruz, bibliotecas da Universidade de São Paulo (USP), Museu Nacional, entre outros. Um de seus furtos mais famosos foi o das obras de autoria do alemão Emil Bauch, que representam o Recife e foram impressas na Europa em 1852. O ladrão as roubou e vendeu para Ruy de Souza e Silva que, posteriormente as vendeu para o Itaú Cultural em 2005.
A audácia deste ladrão é tão grande que no início de sua “carreira” no roubo de livros raros ele chegou a montar uma “barraca” na Paulista onde vendia revistas e jornais antigos. Mais tarde ele aprimorou suas técnicas e começou a participar de leilões no mercado negro onde fez fortuna.
Sua fascinação pelo mundo das artes e da literatura o tornou em um dos presidiários mais cultos das prisões pelas quais passou. Tendo se especializado e até mesmo cursado biblioteconomia este personagem icônico de destacou ajudando outros presidiários a escreverem cartas e a recorrerem na Justiça a fim de diminuírem suas penas.
O maior ladrão de obras raras do Brasil já foi preso em diversas ocasiões, sendo solto em seguida. Na “saidinha” para o dia das crianças, Laéssio, escapou da prisão em São Paulo onde cumpria pena de mais 10 anos por furto, tendo sido recapturado na última quinta-feira, dia 07 de Novembro. Condenado em segunda Instância, ele poderá ser solto em breve.
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