O comercio remonta às primeiras necessidades das comunidades onde cada indivíduo possuía uma habilidade específica de produção e necessidades distintas de consumo, não possuía, portanto, tempo disponível para se dedicar a outras tarefas que também integravam às suas necessidades essenciais, dessa forma surge o Comércio Varejista ou Varejo para suprir essa lacuna. Vivenciamos agora a quarta onda do varejo. Vejamos as mudanças de costumes dividindo-se em três perceptivas e distintas ondas:
A primeira onda do Varejo foi o familiar, com as lojas de bairro;
A segunda onda foi a venda por catálogos;
A terceira, foi a das mega lojas as gigantescas lojas de departamentos, que vendem de tudo e com preços baixos e, agora,
A quarta onda, da qual somos contemporâneos, é a das lojas virtuais e conectadas, que vêm mudando a forma de comprar.
A tendência do e-commerce é se complementar com a loja física, e a loja física se complementar com o e-commerce. O consumidor, ele é um só e quer ser atendido de forma eficiente, independentemente se será numa loja física, numa televenda, num aplicativo ou no e-commerce, ele deseja a mesma experiência em qualquer canal. Isto requer um comércio ominisense, ou seja, a sua administração deve ser eficaz ao ponto de permitir que todos os canais sejam eficientes e integrados.
Houve um tempo em que o ato de comprar alguma coisa consistia numa sequência básica de ações. Entrava-se em uma loja, escolhia-se o produto, pagava-se por ele e levava-o para casa. Mas, agora, as coisas estão diferentes.
Na quarta onda, a loja e por extensão o produtos passam a ter “ponto com” acrescido às suas marcas, a quarta onda do varejo é isso; misturar o virtual e o físico, mas quem escolhe a medida é o cliente.
O varejo tradicional teve momentos muito bem definidos, mas hoje temos o que pode-se definir por jornada não linear, onde o consumidor pode, por exemplo, conhecer o produto pela internet e, ao retirar na loja, irá ter o seu primeiro contato com a marca. Esse caminho também passa por diversos canais diferentes, por exemplo, o consumidor pode ir a uma loja para exercer uma experiência sensorial, experimentando um produto que conheceu pela Internet, o que torna imperativo que os canais estejam integrados, coesos e alinhados por softwares de gestão que controlam os processos e recebam estes dados acurados por emprego de novas tecnologias, dentre elas a RFID, que permite inventário em tempo real, atualizando os estoques, evitando assim desabastecimento e garantindo que este produto realmente estará lá quando o cliente chegar!
Principais Tendências da Quarta Onda
Transformação das Lojas Tradicionais
O comércio eletrônico obrigou uma mudança no atual molde de lojas tradicionais ou pioneiras com diferenças evidentes em suas novas configurações, como: qualidade ao invés de quantidade, pontos estratégicos que permitem a experiência do cliente no contato físico com o produto, para auxiliar na tomada de decisão e a integração do físico com o virtual, destacando-se o papel da logística sendo necessário estoque acurado, organização no armazenamento e precisão na localização dos produtos, diminuindo-se ao máximo o tempo da separação do item até a entrega.
A plataforma de vendas e estoque é a mesma para os dois canais, assim como os centros de distribuição, logística de transporte e equipe no escritório. O mesmo caminhão que leva o produto do estoque para uma loja em uma determinada região também pode entregar as compras feitas pelo site, otimizando a rota. Além disso, o consumidor pode comprar pela internet e optar por retirar na loja, sem pagar o frete. Adicionalmente os lojistas por contarem com visibilidade total do seu estoque podem trabalhar com um numero reduzido de estoque de segurança e acionar “o estoque” mais próximo do seu cliente para diminuir ainda mais o tempo de entrega, o que hoje é um diferencial para a escolha da loja online pelo cliente conectado.
Algumas empresas levaram a integração ao extremo, um exemplo recente disto é o supermercado Amazon Go, onde o consumidor precisa apenas se identificar ao entrar na loja, uma vez que ele já é cadastrado na loja, ele faz as compras e sai, sem passar pelo caixa tradicional, já que a adoção de modernas tecnologias empregadas na loja identifica os itens retirados das prateleiras e comprados, debitando-os diretamente do cliente.
Lojas Virtuais
Com as compras online, a lealdade do consumidor fica mais fluida. Afinal, a concorrência está só a um clique de distância. Por isso, as empresas precisam criar novas maneiras de engajar o consumidor.
A empresa que vendia seus produtos apenas para outras varejistas, passou a vender diretamente ao consumidor final, isto lhe permite um contato direto com o mesmo, obtendo valioso feedback e assim medir como anda a aceitação do produto, o que pode ser melhorado no produto comprado ou incrementado com a oferta de produtos complementares.
Dados para Gerenciar
Antes, nas lojas tradicionais, o único dado que a empresa tinha sobre o seu consumidor eram os números de vendas, mas não conseguia saber o que motivava a compra e o que acontecia até o momento da compra.
Agora com os dados brutos sendo coletados e tratados por softwares big data analytics é possível administrar de forma eficiente uma rede de negócios e com isto poder ter uma visão holística, ou seja, na posse destes dados o gestor pode visualizar itens de maior demanda em determinada loja e apostar mais neles, remanejar itens conforme a sua demanda entre as lojas, criar promoção para itens que estejam mais tempo parados no estoque e assim por diante.
Esta análise correta dos dados permite, sobretudo, uma ação prescritiva com análise preditiva entregue pelo seu sistema de informação, melhorando desta forma a experiência do consumidor com a marca, onde pode-se criar um perfil deste cliente e se relacionar com ele de forma mais personalizada oferecendo-lhe produtos do seu gosto, complementares além de gerar ofertas baseadas em sua localização geográfica e sazonalidades.
Além do Celular
Que as compras feitas pelo smartphone crescem de forma expressiva é um fato, logo, ignorar isto é um erro! Já que trata-se de uma mudança irreversível que redesenhou o cenário do Varejo. A inovação, desta vez, permite realizar compras de forma rápida e segura diretamente por este aparelho.
Um exemplo desta novidade são os “dash buttons”. Comandos automáticos conectados aos botões no aplicativo da loja. O aplicativo Interligado ao sistema de informação próprio da loja, torna possível fazer o pedido de itens específicos e recorrentes, pré-programados pelo cliente, gerando assim vendas recorrentes e programadas para a loja. Resultando que a loja pode ofertar um desconto recorrência ao seu cliente e poder realizar reposição de estoque também com custo reduzido baseado no volume, onde todos ganham!
E Agora, Estou Realmente Preparado?
A cada onda de inovação, as empresas que não se atualizaram para o novo cenário acabaram morrendo ao longo de alguns anos, exemplos disso foram Mesbla, Mappin dentre tantas outras. Agora, no entanto, a velocidade de mudanças é muito maior e quem não acompanhar estas mudanças estará fora do mercado em pouco tempo.
Sua empresa está atenta às mudanças de tendências em seu mercado?
Você já pesquisou como o RFID poderia facilitar a entrada da sua empresa em um programa omnisense?
E os dados da sua empresa? Estão sendo corretamente coletados, analisados e utilizados por um Data Analytics?
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